As receitas da área da construção do Grupo FCC crescem quase 50% durante o primeiro semestre de 2023, face aos resultados obtidos no mesmo período de 2022. O volume de negócios nos primeiros seis meses de 2023 atingiu os 1.282,3 milhões de euros, devido ao sustentado bom ritmo de execução dos projetos em curso e dos novos obtidos ao longo do último ano, principalmente na América e em vários países da Europa.

Por área geográfica, em Espanha as receitas aumentaram 35,9%, para 535,5 milhões de euros, com um bom ritmo de evolução de todas as obras em curso e arranque de novas, maioritariamente no âmbito publico.

No mesmo sentido, no resto da Europa e noutros mercados, o volume de negócios cresceu 42,1% face ao ano anterior e atingiu os 276,9 milhões de euros, devido sobretudo ao avance da autoestrada A-9 na Holanda e A-465 no País de Gales (Reino Unido), que mais do que compensam a conclusão de outras obras, como a prisão de Haren, na Bélgica, que se tornou um dos maiores projetos de infraestrutura de Bruxelas. Na América, o volume de negócios cresceu significativamente para 396,9 milhões de euros, apoiado em grande medida pelo contributo do projeto do Tren Maya no México, no início das obras ferroviárias em Toronto (Canadá) e na reabilitação de várias pontes no estado da Pensilvânia (EUA), em conjunto com o progresso sustentado de outras obras como o Metro de Lima e o avanço nos projetos do Túnel Guillermo Gaviria na Colômbia ou da Ponte Industrial e Mapocho Rio no Chile.

O resultado bruto (EBITDA) aumentou 37% para 76,9 milhões de euros face aos 56,1 milhões de euros obtidos no primeiro semestre de 2022. Este aumento tem por base a evolução das receitas.

Por seu turno, o resultado líquido registado foi de 53,4 milhões de euros, 30,9% superior ao de 2022, refletindo a evolução ao nível do resultado bruto e a maior depreciação dos equipamentos dado o incremento de atividade.

A carteira, durante o primeiro semestre de 2023, reduziu 7,3%, para 6.106,5 milhões de euros. O âmbito internacional observou uma redução de 13,5%, após o forte aumento acumulado nas contratações no ano anterior. Por seu turno, Espanha manteve uma recuperação sustentada, com um aumento de 8,9%, explicado sobretudo pela adjudicação de novas obras, entre as quais se destaca a construção da nova sede da ONCE.

A área de construção contribuiu com 10,5% do EBITDA do Grupo FCC no fecho do período. Por tipo de atividade, a construção civil continua a dominar, com 81,4% do total, concentrada em grandes empreitadas públicas em alguns mercados seletivos na Europa, América e Médio Oriente.