Segregação de resíduos em remodelações de edifícios
Descrição da atuação social e ambiental.
Necessidades detetadas:
O custo previsto para a gestão dos resíduos era muito elevado face ao valor da obra, representando quase 2% do orçamento.
A empreitada incluía a remodelação de um piso de escritórios no complexo da OGMA: substituição dos acabamentos interiores, janelas, eletricidade e ar condicionado, pinturas, e outros. Aproveitou-se parte do pavimento elevado, mas os restantes materiais, além de muito antigos, estavam muito danificados. Os candeeiros eram de lâmpadas fluorescentes que se substituíram por compactas.
Soluções adotadas:
Foram separados todos os componentes dos candeeiros de teto: lâmpadas fluorescentes, condensadores, arrancadores, caixa metálica e cabos elétricos.
Adicionalmente, segregaram-se todos os restantes resíduos valorizáveis: condutas de ar condicionado (que, além disso, se aplanaram para reduzir o volume), os perfis das divisões entre gabinetes, os perfis dos falsos tetos, as persianas e todas as madeiras.
O gestor destes resíduos realizou o transporte e a gestão dos mesmos sem custos, uma vez que todos os componentes eram valorizáveis.
Resultados:
Com a segregação destes resíduos não só se reduziram custos, como o gestor pagou pela valorização. Como resultado, a gestão dos resíduos da obra resultou com um saldo positivo de quase 3 mil euros, quando se previa gastar quase 10 mil euros.
Esta boa prática permitiu demonstrar à direção da obra que nem sempre a gestão de resíduos resulta onerosa para a obra e, desde que disponham de alguma organização desde o início que permita segregar todos os resíduos valorizáveis, o investimento pode até resultar lucrativo para a obra.
Há que ter em consideração que nesta obra, apenas o encarregado tinha uma afetação de 100%. Tanto o diretor de obra, como o gestor ambiental, tinha uma afetação muito reduzida, inferior a 25%. Isso demonstra que, mesmo com poucos meios, se conseguem excelentes resultados nesta matéria.